Dificuldade e virtude

Eu preferiria estar livre da tortura; mas se chegar a hora em que ela deva ser suportada, desejarei poder me comportar com bravura, honra e coragem.
 
É claro que prefiro que a guerra não aconteça; mas se a guerra acontecer, desejarei poder suportar nobremente os ferimentos, a fome e tudo o que a exigência da guerra traz.
 
Nem sou tão louco a ponto de desejar a doença; mas se eu tiver que sofrer, desejarei não fazer nada que demonstre falta de controle e nada que seja impróprio para um homem.
 
A conclusão não é que as dificuldades sejam desejáveis, mas que a virtude é desejável, a qual nos permite suportar as dificuldades com paciência.
 
– Sêneca, Carta 67:4
 
Não há nada de grandioso para mim na dor em si, mas há algo verdadeiramente grandioso para mim na resistência, em continuar a amar e a fazer o bem em… face do infortúnio.