O perigo que a humanidade enfrenta não é que algotistimo e robôes se levatem e tomem o poder. A ameação que enfrentamos é que nós nos tornemos voluntariamente indistinguíveis dos algotimos e robôs. Em todos os lugares, desde gurus nômades digitais até os falsos profetas da produtividade, somos ensinados a otimiza todos os aspectos da nossa existência. Você pode encontrar rotinas cuidadosamente elaboradas para suas manhãs, sua vida sexual e seus movimentos intestinais.
Não há aspecto da vida humana que você não poderia otimizar.
Nossos celulares estão cheios de aplicativos que nos ajudam a "fazer melhor", transformando a vida em uma séria de minijogos e nos enviando alestar a cada hora do dia - "Ganhe um distintivo por ler sete dias seguidos!".
Estamos tão ocupados estudando como otimizar nossas vidas que nunca paramos para considerar se deveríamos otimizá-las.
Otimização significa tornar algo o melhor possível. Não daveria ser isso que nós buscamos - viver a melhor vida possível?
Um problema é que "melhor" é subjetivo, e a otimização depense de processos objetivos. A maioria dos truques de produtividade tentar ajudar você a realizar mais em menos tempo. Mas isso é bom?
Cada um de nós tem um conjunto único de habilidades, experiência de vida e influências ambientais. Nenhuma rotina funciona para todos.
Nem todos temos as mesmas 24 horas por dia. Nem todos temos as mesmas obsessões. Prefito não tirar férias luxuosas em resorts caros se isso significar trabalhar 60 horas por semana.
É fácil passar tanto tempo tentando melhorar tudo na sua vida que você acaba escquecendo o que você ama nela. Se você se esforça constatemente para trabalhar mais, consumir mais informação, ter a melhor alimentação e se exercitar da melhor maneira, você está agindo como uma máquina.
A inteligência humana não foi projetada para uma vida de otimização. É por isso que tentamos nos enganar para fazer mais, gamificando tudo. usamos a mesma manipulação psicológia que os fabricantes de máquinas caça-níqueis usam para nos atrair a gastar mais dinheiro em um jogo que não podemos ganhar.
Um dos piores elementos da cultura da gamificação é como a usamos para restrear coisas que deveríamos gostar. Você precisa rastrear quantos livros bons leu? Precisa saber exatamtne quantos pores do sol assitiu? Saber exatamente quantos minutos você passou ouvindo aquele artista faz você gostar mais da música dele?
A vida não é sobre ser o melhor em tudo. A vida não é sobre maximizar nada. A vida é sobre ser humano. Todos nós esperamos nos tornar melhores, mas a busca constante pelhor melhor aumenta a ansiedade e destrói a felicidade. Tudo na vida tem um custo de oportunidade. Nossa cultura tende a avaliar apenas os custos facilmente calculáveis.
Muitas das práticas que você encontra em blogs e canais do youtube são sobre maneiras de economizar tempo para que você possa ganhar mais dinheiro. Querem que você perca menos tempo. Isso pressupõe que seu tempo seja fungível - que cada segundo é igual a todos os outros segundos.
<blockquote>Mas alguns segundos são mais preciosos que outros</blockquote>
O verdadeiro desperdício seria enviar outro e-mail em vez de abraçar a pessoa que você ama quando ela está passando por um momento de dor.
Uma das minhas dicas de otimização menos favoritas é ouvir podcats ou audiolivros em velocidades mais altas, você se nega a oportunidade de refletir e processoa as informaçãoes. Não temos escassez de informação - temos escassez de análise.
Para o que você está tentando reserva mais tempo? O que você está sacrificando para se tornar mais rápido, mais forte e melhor?
Em vez de otimizar sua vida, tente vivê-la.
<blockquote>Fui para a floresta porque desejava viver deliberadamente, encarar apenas os fatos essenciais da vida e ver se conseguiria aprender o que ela tinha a ensinar, e não, quando chegasse a hora da morte, descobrir que não tinha vivido. Não desejava viver o que não era vida, viver é tão caro; nem desejava praticar a resignação, a menos que fosse absolutamente necessário. Queria viver profundamente e sugar toda a medula da vida, viver com tanta firmeza e espartania a ponto de destruir tudo o que não fosse vida, abrir uma ampla faixa e raspar rente, encurralar a vida e reduzi-la aos seus termos mais baixos...<cite>Henry David Thoreau</cite></blockquote>
Não estou dizendo que não devemos tentar ser melhores. O autoaperfeiçoamento é um dos grandes motores da humanidade. Mas precisamos parar de ficar obececados em ser melhores. A otimização é um jogo de tolos porque se baseia em comparações negativas. Você nunca estará à altura do desempenho do potencial idealizado que você vê para si mesmo.
Na jornada da vida, a direção que você toma influencia mais a qualidade da vida que você leva do que a velocidade da sua viagem.
Em vez de tentar otimizar sua vida, viva-a. Respire fundo, ria e ame. Trabalhe duro e divirta-se bastante. Faça perguntas interessantes. Observe o mundo ao seu redor e viva.
A automação vai mudar a maneira como todos nós vivemos. Mas muitos de nós estamos reagindo a automação tentando otimizar melhor que os algoritimos. Reagimos por medo, e essa reação está nos tornando mais parecidos com máquinas. Mas a corrida pela otimização é uma corrida que não podemos vencer.
Ainda precisamos da inteligência humana. a IA não cria - ela imita. Ela pode escrever notas mais rápidas do que eu, poesia mais rápida do que nós, mas seus versos são apenas remixes de palavras humanas dispostas em um arranjo que as pessoas estatiscamente provavelmente apreciarão. A "poesia" de um modelo de linguaguem generativa não diz o que sente nem descreve o que move a sua alma. Não há verdade em um verso gerado por IA.
Pensa nas figuras folclórias da Amercida do Norte, John Henry ou Paul Bunyan. Esses homens enfrentaram a automação de igual para igual. Eles otimizaram seu trabalho e perderam. John Henry morreu tentando construir mais trilhos do que a máquina, e o gigante Paul Bunyan se exilou após não conseguir derrubar mais árvores do que um homem franzino com uma serra automática.
Um mundo onde os humanos competem com a IA otimizando sua produtividade é uma distopia onde humanos e robôs são indistinguíveis.